domingo, 2 de setembro de 2012

Anorexia


Os transtornos alimentares englobam doenças que tem por característica principal a deterioração do estado de saúde física e psíquica da pessoa, pois o peso tende a diminuir de forma drástica, assim como prejuízos ao estado emocional. As doenças mais comuns dos transtornos alimentares são anorexia e bulimia.

A anorexia, tem por característica a perda de peso ficando abaixo de 85% do esperado para a sua idade e altura. Essa principal característica é que determina a imagem que costumeiramente temos de pacientes anoréxicas, que são pessoas extremamente magras, chegando a conseguirmos ver quase o desenho dos ossos da pessoa em uma pele muito fina!

Essa é uma imagem que costuma assustar e marcar as pessoas que são apresentadas a  anorexia. Mesmo como essa imagem física assustadora, os pacientes que sofrem dessa doença acreditam que a imagem, quando estão diante do espelho, é de um corpo muito acima do peso que realmente a pessoa está, ou seja, de uma pessoa gorda. Esse sintoma é conhecido como distorção da imagem corporal.

Outro sintoma comum é a amenorréia, que é a ausência de menstrução. Em alguns casos a menarca (primeira menstrução) acontece tardiamente, pois, afinal, trata-se de um corpo fraco e fragilizado.

Além destes sintomas mais comuns, a anorexia é comumente conhecida por ser uma doença que reflete a fragilidade do feminino, ou seja, a imagem que a mulher tem dela mesma é uma imagem fragilizada. Isso ocorre, muitas vezes, por agressão ou abuso na infancia ou até mesmo por não conseguir fazer as conquistas em sua vida que possam reforçar o potencial desta mulher enquanto pessoa. Mesmo assim, a anorexia não ocorre somente em mulheres, mas também em homens, com os mesmos sintomas ( com excessão da amenorréia).

Atualmente, tratar a anorexia é possível ao entender o feminino, mas a psicologia vem obtendo ganhos ao estudar o comportamento familiar das pacientes, assim como, pincipalmente a relação com o pai, que pode ser, dependendo do caso, a fonte de repressão desse feminino.

Uma forma de ajuda a pacientes com anorexia, é poder mostra-lhe quais são as vantagens e desvantagens de manter esse estilo de vida. O quanto pensamentos e cuidados com alimentos tomam seu tempo e impedem com que possa viver e divertir-se. Porém, essa é somente uma forma de fazer a paciente aderir ao tratamento e não uma solução para o caso.

Anorexia tem tratamento e cura. Mas vale a atenção de que essa ajuda não seja buscada tardiamente, pois má alimentação pode trazer consequencias irremediáveis ao organismo.

sábado, 21 de julho de 2012

controle x segurança

Em vários atendimentos, nos deparamos com uma questão que se tornou comum no cotidiano: a busca pelo controle. Ter o controle nos indica que somos donos de nós mesmos, respondemos por nossas ações e comandamos o que é necessário comandar, principalmente mente e coração.
Porém, a perda do controle gera o medo, afinal, aquilo que era controlado, passou a ser uma ameaça. E o medo, é uma das essências de uma patologia muito comum nos dias de hoje, chamada ansiedade.
Os pacientes questionam como é possível recuperar esse controle, o que é necessário ser feito? O primeiro passo é se deparar com uma questão: é necessário mesmo o controle ou iniciamos a busca por outro sentimento? Uma possibilidade de uma proteção real diante das situações.
Essa proteção real, chama-se segurança.
Quando controlamos, nos tornamos vulneráveis, afinal ter controle é uma ilusão. Vejamos, que qualquer situação externa pode acabar com nosso controle rapidamente. Uma pessoa dirigindo a 150 Km/h, pode alegar ter o controle da direção, porém um animal pode cruzar a pista e o controle acabou. Ou quem sabe, outra situação em que a pessoa tenha controle do bom andamento do seu relacionamento, porém por estar certo e cego demais é surpreendido com o término ou uma traição do seu cônjuge. Essas situações mostram como o controle é ilusório.
Desta forma, buscar segurança, faz com que possamos ganhar em qualidade de vida e não nos tornarmos tão vulneráveis diante de nossos medos. Ter segurança, sentir-se seguro é poder reconhecer os próprios limites. Saber até onde posso ir, respeitar, porém sem perder a coragem. Com coragem, é possível arriscar, mas não cegamente, mas sim tendo conhecimento de quais serão os riscos e onde podemos ser apanhados.
Quando somente controlamos, abrimos uma possibilidade de vivenciarmos uma patologia chamada ansiedade ou em grau mais elevado, que seria o transtorno do pânico. O sintomas já conhecidos como taquicardia, tremores, suor, falta de ar ou asfixia, boca seca, desrealização (sensação de não saber onde está), despersonalização (perder a ligação com a própria personalidade), aparecem nesse momento, pois com a perda do controle e a idéia de que uma catástrofe iminente ocorrerá, fazem com que os sintomas sejam desencadeados. A idéia da catástrofe é o ponto alto de uma crise em um transtorno do pânico e por conseqüência, percebemos que nosso controle não existe mais. Somente com muito trabalho e segurança, podemos retomar uma forma agradável e saudável de viver.
Ter segurança nos exemplos já citados, é dirigir a uma velocidade segura ou poder sempre abrir uma possibilidade de diálogo no relacionamento. Essa segurança fará com que viver se torne mais prazeroso e menos controlador. Controle não nos faz bem, nos limita de forma a suprimir a coragem.
Ser seguro é saber de suas possibilidades e criar estratégias para poder superá-las ao seu tempo. Reconhecer limitações para poder superá-las. É acreditar nas suas capacidades e saber que o impossível pode vir a se tornar possível, pelas suas conquistas, pelos seus méritos. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Tênis, frescobol e relacionamento

Feliz 2012 a todos que leem e acompanham o blog sessão virtual!!

Quantas vezes no relacionamento, nos percebemos querendo ajudar o outro? E quantas vezes nos flagramos querendo atrapalhar o outro ou dificultar o andamento da relação?
Logicamente as pessoas responderão que se percebem ajudando, mas atrapalhando não.
Mas e quando sabemos que determinada frase pode ser ofensiva ao outro (a) e mesmo assim falamos ou quando sabemos que determinada teimosia não vai acrescentar em nada, mas insistimos no que estamos fazendo e mesmo percebendo que o bom clima que a relação se encontrava vai acabar só para satisfazer um desejo ou capricho meu?
Nesses momentos, dificultamos ou atrapalhamos a relação. Podemos falar que estamos em um momento “tênis”. Como assim? Explica-se.
Se compararmos os momentos do relacionamento com partidas de tênis e de frescobol (aquele mesmo jogado na praia), podemos entender como lidamos nas relações e uma forma de podermos tornar a vida a dois mais tranqüila.
Em um jogo de tênis, basicamente é necessário que tenhamos que bater na bolinha, jogando-a para o outro lado de forma que o outro não possa alcança-la, além de força para que se torne indefensável, ou seja, atrapalhamos e complicamos as possibilidades de quem está do outro lado da quadra (adversário) fazer a devolução e a continuidade do jogo.
Na partida de frescobol, além de não jogarmos com um adversário, mas sim com amigos, o intuito é é fazer com que a bolinha não caia e permaneça em jogo pelo maior tempo possível, ou seja, eu preciso colaborar com quem está do outro lado, jogando a bolinha de forma que o amigo possa rebater, ajudando e facilitando para que a bolinha retorne para mim de uma forma que o jogo continue.
Nos relacionamentos quando estamos em um momento “tênis”, é quando atrapalhamos o outro, temos atitudes que façam com o outro tenha que se defender, contra atacar ou que possamos “matar o ponto” dando um ponto final em uma conversa ou uma discussão sadia.
Em um momento “frescobol”, podemos entender, interagir e esperar do outro ações que possam ajudar na continuidade e no bem estar da relação, isso porque nós mesmos tivemos as mesmas ações de cuidado e respeito. Ou seja, joguei a bolinha para que o jogo continue e não para que aquele jogo termine prontamente.
Desta forma, podemos nos perceber no cotidiano em situações que tornamos nosso cônjuge, nosso adversário. Agir com agressividade, descuido e torcendo para que o outro erre só fará com que essa relação possa ter um fim rápido e triste.
Por outro lado, sabemos que se agirmos com cuidado, ajudando o outro, tornando o erro uma possibilidade para um acerto, podemos fazer de nossa relação uma vida melhor, mais leve e construtiva.  A reflexão proposta é que possamos estar mais cientes de construir em um relacionamento e não de percebermos nosso (a) parceiro (a) como alguém a ser derrotado, mas sim como alguém que possamos compartilhar, construir. Uma pessoa para mantermos a bolinha no ar, como no jogo de frescobol.
Fonte: http://www.rubemalves.com.br/tenisfrescobol.htm