quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Tênis, frescobol e relacionamento

Feliz 2012 a todos que leem e acompanham o blog sessão virtual!!

Quantas vezes no relacionamento, nos percebemos querendo ajudar o outro? E quantas vezes nos flagramos querendo atrapalhar o outro ou dificultar o andamento da relação?
Logicamente as pessoas responderão que se percebem ajudando, mas atrapalhando não.
Mas e quando sabemos que determinada frase pode ser ofensiva ao outro (a) e mesmo assim falamos ou quando sabemos que determinada teimosia não vai acrescentar em nada, mas insistimos no que estamos fazendo e mesmo percebendo que o bom clima que a relação se encontrava vai acabar só para satisfazer um desejo ou capricho meu?
Nesses momentos, dificultamos ou atrapalhamos a relação. Podemos falar que estamos em um momento “tênis”. Como assim? Explica-se.
Se compararmos os momentos do relacionamento com partidas de tênis e de frescobol (aquele mesmo jogado na praia), podemos entender como lidamos nas relações e uma forma de podermos tornar a vida a dois mais tranqüila.
Em um jogo de tênis, basicamente é necessário que tenhamos que bater na bolinha, jogando-a para o outro lado de forma que o outro não possa alcança-la, além de força para que se torne indefensável, ou seja, atrapalhamos e complicamos as possibilidades de quem está do outro lado da quadra (adversário) fazer a devolução e a continuidade do jogo.
Na partida de frescobol, além de não jogarmos com um adversário, mas sim com amigos, o intuito é é fazer com que a bolinha não caia e permaneça em jogo pelo maior tempo possível, ou seja, eu preciso colaborar com quem está do outro lado, jogando a bolinha de forma que o amigo possa rebater, ajudando e facilitando para que a bolinha retorne para mim de uma forma que o jogo continue.
Nos relacionamentos quando estamos em um momento “tênis”, é quando atrapalhamos o outro, temos atitudes que façam com o outro tenha que se defender, contra atacar ou que possamos “matar o ponto” dando um ponto final em uma conversa ou uma discussão sadia.
Em um momento “frescobol”, podemos entender, interagir e esperar do outro ações que possam ajudar na continuidade e no bem estar da relação, isso porque nós mesmos tivemos as mesmas ações de cuidado e respeito. Ou seja, joguei a bolinha para que o jogo continue e não para que aquele jogo termine prontamente.
Desta forma, podemos nos perceber no cotidiano em situações que tornamos nosso cônjuge, nosso adversário. Agir com agressividade, descuido e torcendo para que o outro erre só fará com que essa relação possa ter um fim rápido e triste.
Por outro lado, sabemos que se agirmos com cuidado, ajudando o outro, tornando o erro uma possibilidade para um acerto, podemos fazer de nossa relação uma vida melhor, mais leve e construtiva.  A reflexão proposta é que possamos estar mais cientes de construir em um relacionamento e não de percebermos nosso (a) parceiro (a) como alguém a ser derrotado, mas sim como alguém que possamos compartilhar, construir. Uma pessoa para mantermos a bolinha no ar, como no jogo de frescobol.
Fonte: http://www.rubemalves.com.br/tenisfrescobol.htm